Apresentação

O professor de Educação Especial tem uma área de abrangência múltipla, como tem sido escrito (Almeida, 2015, 2019, 2021). Uma das funções que deve desempenhar prende-se com a integração em equipas de avaliação, na sequência de identificações ao abrigo do previsto no art.º 20.º do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho. O papel do professor de Educação Especial, nesta vertente da avaliação, deve focar-se no diagnóstico de áreas causais em défice, tendo para tal de aplicar testes de avaliação pré-existentes ou construir formatos informais que permitam encontrar áreas que possam justificar as dificuldades. Tem, além disso, de saber produzir relatórios cientificamente válidos e úteis que possam ser usados na intervenção. Esta formação centra-se num dos importantes papéis do professor de Educação Especial, o de avaliador, e na importância dos conceitos de avaliação ipsativa, criterial e normativa quando falamos de avaliação ao abrigo do previsto no art.º 20.º da supracitada legislação. A formação está pensada para decorrer em formato online (e-learning), tendo em conta que o seu público-alvo – professores de Educação Especial – tem, por norma, horários diferentes e difíceis de conciliar; para além disso, num tempo em que tanto se investe na capacitação digital, as sessões online têm também o propósito de desenvolver estas competências.

Destinatários

Professores do grupo 910

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores do grupo 910. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores do grupo 910.

Objetivos

OBJETIVOS GERAIS: • Clarificar, do ponto de vista teórico e prático, a especificidade do papel do professor de Educação Especial no processo de avaliação decorrente da ativação do art.º 20.º do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Conhecer conceitos-chave relacionados com o constructo ‘avaliação pedagógica’; • Conhecer conceitos de avaliação: ipsativa, criterial e normativa; • Saber analisar documentos de identificação ao abrigo do art.º 20.º do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho; • Saber aplicar aqueles conceitos à especificidade do processo de avaliação empreendido pelo professor de educação especial, decorrente da ativação do art.º 20.º do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho; • Conhecer testes de avaliação de áreas causais específicas passíveis de serem aplicados por professores de educação especial; • Saber construir formatos informais de avaliação de áreas causais específicas passíveis de serem aplicados por professores de educação especial

Conteúdos

15 horas de sessões online síncronas + 10 horas de sessões online assíncronas 1. AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA (3h): 1.1. Em grande grupo: o conceito de avaliação pedagógica; 1.2. Em grande grupo: os constructos ‘avaliação ipsativa, criterial e ipsativa’ quando falamos do previsto no art.º 20.º do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, e do papel do professor de educação especial nesse processo; 1.3. Em pequenos grupos: preparação da primeira sessão assíncrona. 2. ANÁLISE DE PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO (3h): 2.1. Em grande grupo: análise crítica do conteúdo escrito num documento de identificação; 2.2. Em grande grupo: triagem da informação contida em relatório; 2.3. Em grande grupo: identificação de áreas a avaliar por professor de educação especial. 2.4. Em pequenos grupos: preparação da segunda sessão assíncrona. 3. TESTES DE AVALIAÇÃO PASSÍVEIS DE SEREM APLICADOS POR PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ESPECIAL (3h): 3.1. Em grande grupo: análise de alguns testes pré-existentes, passíveis de serem aplicados por professor de educação especial, apresentados na sessão assíncrona anterior, relativamente às áreas em défice contidas nos documentos de identificação facultados na última sessão; 3.2. Em grande grupo: apresentação de exemplos de testes informais de avaliação; 3.3. Em pequenos grupos: preparação da terceira sessão assíncrona. 4. ANÁLISE DE RESULTADOS DECORRENTES DE AVALIAÇÕES (3h): 4.1. Em grande grupo: apresentação de dados recolhidos; 4.2. Em grande grupo: apresentação de resultados que saem dos dados; 4.3. Em grande grupo: apresentação de relatórios produzidos. 5. ÚLTIMA SESSÃO (3h): 5.1. Apresentação global de todo o trabalho produzido; 5.2. Avaliação da formação. 1ª Sessão – online síncrona (3h)  Apresentação dos objetivos, metodologias, materiais, resultados a alcançar, avaliação e calendarização.  Conteúdos desta sessão: 1 1.ª Sessão online assíncrona (2h)  Distribuição de documentos de identificação ao abrigo do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, pelos pequenos grupos de trabalho formados;  Leitura dos documentos e registo de aspetos a debater na próxima sessão síncrona. 2ª Sessão – Online síncrona (3 h)  Conteúdos desta sessão: 2 2.ª Sessão online assíncrona (2h)  Leitura de testes disponibilizados e seleção daqueles que podem avaliar as áreas possivelmente em défice identificadas nos documentos de identificação;  Identificação de necessidade de construção de formatos informais de testes;  Construção de uma proposta teste de avaliação informal. 3ª Sessão – Online síncrona (3 h)  Conteúdos desta sessão 3. 3.ª Sessão online assíncrona (6h)  Organização dos dados recolhidos com a aplicação dos testes a alunos identificados ao abrigo do art.º 20.º do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho;  Organização dos resultados daí obtidos;  Produção de relatórios de avaliação. 4ª Sessão – Online síncrona (3h)  Conteúdos desta sessão: 4 5ª Sessão – Online síncrona (3h)  Conteúdos desta sessão: 5

Metodologias

Sessões síncronas (conjuntas online) – método expositivo, demonstrativo e discussão orientada; Sessões online assíncronas – aprendizagem colaborativa (os trabalhos serão realizados a pares) e incidente crítico.

Avaliação

Escala de avaliação de 1 a 10 valores, de acordo com a Carta Circular CCPFC-3/2007. A aprovação no curso dependerá da obtenção de classificação igual ou superior a 5 valores e da frequência mínima de 2/3 do total de horas da ação. A avaliação será baseada nos dois itens seguintes: •20% - Participação nas aulas síncronas. •30% - Realização das tarefas das aulas síncronas. •40% - Realização do trabalho assíncrono e qualidade do mesmo. •10% - Realização do relatório final e qualidade do mesmo.

Bibliografia

• Almeida, F. (2015). Supervisão, avaliação e educação especial. Edições Esgotadas.• Almeida, M. de F. (2019). Como avaliar a prática do professor de educação especial: articular o DL 54/2018, de 6 de julho, com os art.º 16.º e 19.º do Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro. Gestão E Desenvolvimento, (27), 229-255. https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2019.383.• Almeida, F. (2021). Da falta de identidade do professor de educação especial. In I. Cabral & J. M. Alves (Eds.), Eduletters. Grupo de Investigação em Lideranças e Organização Escolar, Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano, Universidade Católica Portuguesa. https://fep.porto.ucp.pt/pt-pt/asset/24051/file.

Formador

Maria de Fátima Ferreira Figueiredo de Almeida

Cronograma