Apresentação

Esta ação visa capacitar docentes de todas as áreas disciplinares para a utilização pedagógica de robôs humanoides, em particular o NAO, na criação de cenários de ensino/aprendizagem interdisciplinares que promovam a inclusão, a sustentabilidade e o desenvolvimento de competências do século XXI. A robótica educativa é entendida como uma ferramenta de mediação ativa das aprendizagens, facilitadora da diferenciação pedagógica, da motivação dos alunos e da integração curricular. Responde a desafios concretos identificados nas escolas, como a necessidade de criar ambientes de aprendizagem mais inclusivos e adaptados à diversidade dos alunos. Está alinhada com os domínios do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, nomeadamente na utilização crítica de tecnologias digitais, no trabalho colaborativo, na cidadania e na resolução criativa de problemas. A crescente presença da inteligência artificial e dos robôs humanoides em contextos educativos exige que os docentes estejam preparados para os integrar de forma crítica, ética e pedagógica nas suas práticas letivas.

Destinatários

Professores dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

Esta ação visa capacitar docentes para a utilização pedagógica de robôs humanoides, em particular o NAO, através da criação de cenários interdisciplinares com impacto real no contexto escolar. A formação valoriza a inclusão, a sustentabilidade e a inovação metodológica, promovendo práticas ativas e colaborativas que integram tecnologia e currículo. Pretende-se: ●Explorar as potencialidades pedagógicas dos robôs humanoides no processo de ensino-aprendizagem ●Desenvolver competências na criação e adaptação de cenários de aprendizagem com o NAO ●Integrar práticas inclusivas, com foco em alunos com Perturbações do Espectro do Autismo ●Promover a articulação entre robótica, sustentabilidade e alterações climáticas ●Fomentar metodologias ativas, colaborativas e interdisciplinares, STEM ou outras

Conteúdos

●Introdução à robótica educativa e aos robôs humanoides (NAO) ●Programação básica com o software Choregraphe ●Estratégias de ensino inclusivo com robótica (sobretudo para alunos com Perturbações do Espetro de Autismo) ●Sustentabilidade e alterações climáticas: desafios e simulações com o NAO ●Design de cenários interdisciplinares (Matemática, Ciências, Francês, Inglês, Cidadania, TIC, etc.) ●Avaliação e reflexão sobre o desenvolvimento dos cenários

Metodologias

A componente metodológica da ação assenta numa abordagem de formação ativa, colaborativa e experiencial. A ação estrutura-se em três momentos: 1. exploração do robô NAO e reflexão sobre o seu potencial pedagógico em contextos de inclusão e diferenciação, com apoio na literatura atual; 2. introdução à programação em Choregraphe, com construção de sequências básicas de interação; 3. Conceção colaborativa de cenários de ensino com o NAO, orientados para a sustentabilidade, a cidadania e o trabalho interdisciplinar. Nas sessões (3h) os formandos desenvolvem produtos aplicáveis ao seu contexto letivo, com apoio técnico e pedagógico, testando e apresentando os seus cenários no final da ação. A abordagem metodológica é ativa, construtivista e experiencial, inspirada em práticas formativas desenvolvidas no âmbito do projeto europeu My Robot, My LearnMate, com foco na robótica educativa, inclusão e criação de cenários interdisciplinares.

Avaliação

Avaliação na ação de formação será constituída por: ●Componente de avaliação contínua com base na participação, com ponderação de 30% na classificação final. Em cada sessão é atribuída uma classificação de 1 a 10 valores a cada formando, de acordo com a sua participação nas atividades desenvolvidas em sala de aula (10%) e na concretização das tarefas propostas nas atividades autónomas (20%) ●Produção de um cenário de ensino/aprendizagem com a utilização do NAO, com ponderação de 60%, avaliada numa escala de 1 a 10 valores ●Reflexão crítica individual escrita, com ponderação de 10%, igualmente avaliada na escala de 1 a 10 valores Classificação final na escala de 1 a 10 valores, conforme Despacho n.º 4595/2015.

Bibliografia

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Formador

Cristina Maria Cardoso Ligeiro

Idalina Maria Gomes da Silva

Cronograma